quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Pesquisa aponta racha na opinião americana sobre fim de Guantánamo.

Os americanos estão divididos em relação à decisão do presidente, Barack Obama, de fechar o centro de detenção criado na base militar americana de Guantánamo, em Cuba, em até um ano, de acordo com pesquisa Gallup divulgada nesta terça-feira (2). Dos entrevistados, 50% não aprovam a decisão, 44% aprovam e 6% não quiseram opinar.
O resultado surpreende principalmente porque a decisão foi amplamente comemorada pela comunidade internacional. Obama, agora, garimpa apoio das nações europeias para retirar os prisioneiros da base e, ao mesmo tempo, não enviá-los de volta a seus países de origem --como Azerbaijão, Argélia, Afeganistão, Chade, China, Arábia Saudita e Iêmen. Os EUA alegam que, se forem devolvidos, os presos sofrerão perseguição.
Nesta quarta-feira, o Parlamento Europeu reforçou o coro mundial de pedidos de apoio à iniciativa de Obama ao aprovar uma resolução pedindo que nações do bloco recebam os prisioneiros que reconhecidamente não oferecerem risco para segurança.
Outra ação de Obama que enfrenta resistência entre os americanos foi a retomada de apoio financeiro a organizações de planejamento familiar e pró-aborto, que é desaprovada por 58% dos americanos e aprovada por 35% --7% não quiseram opinar.
Em contrapartida, os americanos aprovam a maioria das decisões iniciais do novo presidente, ainda conforme pesquisa Gallup. Entre elas estão a nomeação de emissários ao Afeganistão e ao Oriente Médio, que recebeu aprovação de 76%; a restrição à ação de lobistas na gestão, também aprovada por 76%; e as mudanças que facilitarão ações de trabalhadores contra as empresas por motivo de discriminação foram aprovadas por 66%.
Conforme o Gallup, a pesquisa foi realizada por telefone com 1.027 americanos com mais de 18 anos entre os últimos dias 30 de janeiro de 1º de fevereiro, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

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